Moçambique reduziu importações em 66,1% no 1º trimestre de 2023

O documento refere que os outros sectores de economia contribuíram para a redução das importações em 28,9 por cento. Em termos de categorias de bens, incluindo os GP, destaque vai para bens intermédios, que tiveram um peso de 38,8 por cento sobre o total das importações.

Segundo o Banco Central, esta categoria custou ao país 803,5 milhões de dólares, representando um incremento de 24,5%, quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

O regulador aponta que o saldo de bens intermediários foi influenciado pelos gastos realizados com a aquisição de combustíveis incrementados em 54,8 por cento, adubos e fertilizantes em mais de 100 por cento, cimento e alcatrão e betume em 51,8 por cento e 5,4 por cento respectivamente.

Os gastos com os bens relacionados com a energia eléctrica situaram-se em torno de 14,4 por cento, o alumínio bruto em 11 por cento e os materiais de construção 11,5 por cento.

Os bens de consumo tiveram um peso de 24,6 por cento sobre a factura total de importação, um crescimento em torno de 4,3 por cento ao alcançar 509,1 milhões de dólares americanos.

O Banco Central enfatiza que houve mais gastos na importação de trigo em 50,8 por cento, automóveis (14,5%), cerveja e outras bebidas alcoólicas (19,8%) e peixe congelado (6,6%).

Em sentido contrário, destacam-se as reduções nos pneus novos de borracha em torno 12,6 por cento, nos acessórios de automóveis (6,7%), no arroz (5,2%), nos medicamentos e reagentes e nos móveis emateriais médicos cirúrgicos em 2,1 por cento e 0,3 por cento, respectivamente.

Os bens de capital, por sua vez, contribuíram em 17,9 por cento sobre o total de importações. O BM diz que esta categoria registou um decréscimo de cerca de 92 por cento, ao apresentar um fluxo trimestral de 370,4 milhões de dólares.

As principais razões foram a redução na importação de maquinaria diversa em de 92,3 por cento, com destaque para os GP, que no primeiro trimestre de 2022, tiveram registo da operação da plataforma flutuante da Coral Sul FLNG na área 4 da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.

Volume de Importações em Moçambique Atinge 4,4 Milhões de Dólares no Primeiro Semestre

O volume das importações durante os primeiros seis meses do ano em curso totalizou cerca de 4435 milhões de dólares, com destaque para o óleo de palma e soja, trigo, arroz, carnes e miudezas de aves, combustível, maquinaria, automóveis e energia eléctrica.

Dados do Ministério da Indústria e Comércio (MIC) citados pelo Notícias indicam que, a nível das empresas, as principais importadoras foram a Mozal, Motraco, MEREC Industries Lda., Electricidade de Moçambique e a Vulcan Moçambique.

No período em análise entraram no País bens provenientes de 171 nações, facto que corresponde a uma descida de cinco países quando comparado com o mesmo período do ano passado, altura em que os produtos importados tiveram origem em 166 países.

Dos 171 países parceiros para as importações de Moçambique deste ano, os principais mercados são a África de Sul, Emirados Árabes Unidos, China, Índia e Singapura.

Os dados apontam que a lista dos 20 principais parceiros de origem das importações de bens não variou muito relativamente ao mesmo período de 2021, apesar da notória entrada da Austrália, Maurícias e Rússia, respectivamente em substituição do Reino Unido e Vietname.