O documento refere que os outros sectores de economia contribuíram para a redução das importações em 28,9 por cento. Em termos de categorias de bens, incluindo os GP, destaque vai para bens intermédios, que tiveram um peso de 38,8 por cento sobre o total das importações.
Segundo o Banco Central, esta categoria custou ao país 803,5 milhões de dólares, representando um incremento de 24,5%, quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
O regulador aponta que o saldo de bens intermediários foi influenciado pelos gastos realizados com a aquisição de combustíveis incrementados em 54,8 por cento, adubos e fertilizantes em mais de 100 por cento, cimento e alcatrão e betume em 51,8 por cento e 5,4 por cento respectivamente.
Os gastos com os bens relacionados com a energia eléctrica situaram-se em torno de 14,4 por cento, o alumínio bruto em 11 por cento e os materiais de construção 11,5 por cento.
Os bens de consumo tiveram um peso de 24,6 por cento sobre a factura total de importação, um crescimento em torno de 4,3 por cento ao alcançar 509,1 milhões de dólares americanos.
O Banco Central enfatiza que houve mais gastos na importação de trigo em 50,8 por cento, automóveis (14,5%), cerveja e outras bebidas alcoólicas (19,8%) e peixe congelado (6,6%).
Em sentido contrário, destacam-se as reduções nos pneus novos de borracha em torno 12,6 por cento, nos acessórios de automóveis (6,7%), no arroz (5,2%), nos medicamentos e reagentes e nos móveis emateriais médicos cirúrgicos em 2,1 por cento e 0,3 por cento, respectivamente.
Os bens de capital, por sua vez, contribuíram em 17,9 por cento sobre o total de importações. O BM diz que esta categoria registou um decréscimo de cerca de 92 por cento, ao apresentar um fluxo trimestral de 370,4 milhões de dólares.
As principais razões foram a redução na importação de maquinaria diversa em de 92,3 por cento, com destaque para os GP, que no primeiro trimestre de 2022, tiveram registo da operação da plataforma flutuante da Coral Sul FLNG na área 4 da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.